Nossos Símbolos
A TOCHA ALADA
A tocha alada tem sua origem da Grécia antiga, quando utilizada pelos corredores para abrirem os jogos olímpicos como forma de clarear o caminho para os demais atletas, tradição que se mantém nos dias atuais.
Em maio de 1944, durante os preparativos das equipes de pathfinders para o assalto aeroterrestre do Dia D, o 1° Ten Prescott, do 9th Troop Carrier Pathfinder Group (aviação de transporte) do Exército Americano, valendo-se do simbolismo da abertura dos jogos olímpicos e de uma concepção de distintivo originalmente inglesa, idealizou o desenho que viria a ser adotado pelos pilotos e paraquedistas pathfinders norte-americanos durante o restante da guerra, cuja figura posteriormente influenciaria os distintivos de diversas tropas precursoras pelo mundo: uma tocha alada, bordada em um fundo preto, simbolizando a infiltração noturna por meio do salto de paraquedas. Surgia, assim, a mística do “fogo que vinha do céu”.
Tocha Alada utilizada pelos pathfinders norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial
No Brasil, a adoção de uma tocha alada como brevet foi idealizada pelo então 2º Sgt GERALDO CAVALCANTI DA CUNHA – Prec 07, na década de 50, redesenhada do modelo americano adotado durante a 2ª Guerra Mundial.
Passou a ser utilizada na manga do uniforme, em um primeiro momento. Tal posição, porém, não foi bem aceita à época, pois o local era reservado ao distintivo do Curso de Comando e Estado Maior do Exército.
Fruto disso, posteriormente o distintivo foi realocado para o peito do uniforme, de forma oficializada, vindo também a ser utilizado no gorro vermelho, em tons coloridos, após seu surgimento no final da década de 50.
ST Nogueira, Prec 15, com o distintivo da Tocha Alada ao peito.
Ao longo do tempo, à título de tradição aeroterrestre, a Tocha Alada passou a ser comumente pintada no capacete, em cores, como forma de identificar o precursor em função a bordo da aeronave. Tal tradição se manteve ao longo do tempo: nos dias atuais, entretanto, utilizam-se velcros para a aposição de tochas emborrachadas ou bordadas em tons de baixa visibilidade.
O ARCHOTE
O Archote é o distintivo do Cb/Sd Auxiliar de Precursor Paraquedista. Foi concebido pelo então Cb PAULO, Aux Prec, no ano de 1967, como forma de dotar o Auxiliar de Precursor com um distintivo próprio, no âmbito do Destacamento Precursor, baseado na tocha alada do Of/Sgt Precursor Paraquedista.
A insígnia consiste em uma tocha (archote) sobreposta a um raio e uma bandeira cruzados. O raio simboliza as comunicações de uma equipe de precursores (terra-avião, terra-terra e rede de longo alcance). A bandeira quadriculada simboliza o Centro de Controle e Reorganização (CCR) de uma zona de lançamento.
O GORRO VERMELHO
O gorro vermelho é, sobremaneira, outro símbolo marcante que identifica e diferencia os Precursores e Auxiliares de Precursor. Surgiu fruto da necessidade da rápida e clara identificação das equipes de precursores que operavam as zonas de lançamento (ZL), desde o início das atividades aeroterrestres no Brasil.
A cor vermelha foi escolhida por ser vistosa, além de, simbolicamente, significar o sangue dos milhares de paraquedistas que morreram em combate durante a segunda guerra mundial, conflito que marcou o advento das operações aeroterrestres e o surgimento dos precursores (pathfinders).
A ELIPSE VERMELHA
Também chamada de "ZL Vermelha", a elipse é utilizada ao fundo das asas de prata de metal, nos uniformes de gala, rigor, passeio completo e correspondentes da Marinha e da Força Aérea.
“PRECEDE, GUIA E LIDERA”
Evolução do lema “LIDERAR SEMPRE”, inicialmente utilizado pelos precursores, o lema “Precede, Guia e Lidera” foi adotado por resumir a missão precípua do precursor, no contexto de sua criação na década de 50: PRECEDER a formação, infiltrando-se em território inimigo para receber a tropa paraquedista; GUIAR as aeronaves e os paraquedistas até a zona de lançamento de forma segura; e LIDERAR pelo exemplo de dedicação e abnegação para o cumprimento da missão.
“NENHUM DE NÓS É TÃO BOM QUANTO TODOS NÓS JUNTOS”
Frase que resume a mentalidade da equipe de precursores, modelada pelo espírito de corpo e trabalho em conjunto. Esse lema remete à união de todos os precursores e auxiliares de precursor como irmãos por escolha, dentro da certeza de que o esforço e o trabalho em equipe sempre será mais valioso e eficaz em detrimento do individual.